Relatos do dia-a-dia

Assuntos diversos, relacionados ou não ao motociclismo

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Juju
Mensagens: 702
Registrado em: 29 Ago 2008, 13:29
Localização: Florianópolis

Parabéns mesmo Renan, você mesmo com sangue quente conseguiu pensar, eu só de ler fique com vontade de meter um soco na cara! Me indigno com tanta imprudência, com tanto desprezo pela vida alheia. :evil:
"Isso de ser exatamente o que se é ainda vai nos levar além" P. Leminski
RenanSP
Mensagens: 1052
Registrado em: 15 Jun 2011, 18:32
Localização: São Paulo

Pois é pessoal, realmente na hora consegui controlar a raiva, mas confesso que considerei já chegar batendo no cara mesmo. Mas nao seria prudente. Depois até considerei nao ter sido prudente ter ido atrás do cara, vai que é algum maluco armado, sei lá...


Por sorte nao aconteceu nada comigo e com a Brutus, mas poderia ter sido feio, se eu estivesse com garupa por ex.

O fato é que o brasileiro, no trânsito, está cada vez mais "folgado" pela falta de impunidade e principalmente falta de educação...isso que me deixa realmente fulo da vida...
BetoCB
Mensagens: 912
Registrado em: 22 Nov 2009, 20:55
Localização: São Paulo

Quer saber se há vida após a morte? Mexa na minha moto.
Bromens
Colaborador
Mensagens: 2262
Registrado em: 14 Mar 2011, 10:02
Localização: Aracruz

Galera, um alerta:

Se forem à Porto Seguro - BA, tomem cuidado com os moto-taxistas que transitam por lá. Eles não respeitam sinalização, andam como loucos e são um perigo, para pedestres, motocicilstas e motoristas.

No sábado à noite fiu à passarela do Álccol para jantar. Estava como minha Shadow e minha esposa na garupa. Numa determinada rua de via única, com outra paralela em sentido contrário com u canteiro de arvores ao meio, fui entrar em uma via lateral. Olhei pelo retrovisor e não tinha ninguém atrás de mim e no sentido contrário não vinha nenhum veículo, então devagar fui entrando para pegar e rua lateral, sem dar seta, pois minha manobra não ía ser visualizada por ninguém mesmo, pensei... ledo engano... um moto-taxista vinha alucinado na contramão e por pouco não me pegou no meio... ele caiu na minha frente tentado desviar. Ele e seu louco passageiro, pois andar com esses caras só sendo doido mesmo!

Como estava devagar parei a moto um pouco antes do meio da pista, mas ele não conseguiu desviar e caiu... levantou alucinado, que não não tinha dado seta e por isso caiu.

Disse a ele que se ele estivesse na mão correta eu teria dado seta indicando minha manobra, mas que com ele na contramão e na velocidade em que estava nem dando seta iria adiantar. A polícia foi acionada, mas não veio a tempo. Começou chegar outros moto-taxistas, mas eles são tão desunidos e o cara estava tão errado que ninguém o apoio.

Resultado ele ficou com seu prejuizo que foi: nenhum! A moto não fez nada! Também persebi que ele caiu devido o estado do pneu traseiro dele que estava super gasto.

Fica a dica: Cuidado com esses Moto-taxistas em Porto Seguro- BA. Quanto mais distante deles melhor!

Abração a todos. :wink:
Bromens
Professor Pedro Massari
Mensagens: 86
Registrado em: 23 Dez 2010, 19:24
Localização: Mostardas

Bom dia a todas e a todos.

Depois de um longo período de um silêncio forçado pela demência tecnológica deste laptop, ainda tive de aguardar a boa vontade de os caras da mesma loja que provê a internet quanto o conserto virem ver o que estava havendo para esta coisa funcionar.

Como nada é burocrático neste país, e, para "simplificar" a situação, meu rico celular pifou, e fiquei alienado mais do que nunca, obrigando-me a rodar 60 km até a cidade, a fim de que fosse possível comunicar-lhes a bela ausência da internet.

Mas, graças ao bom Deus, estou vivo, sim, talvez mais vivo do que nunca, tanto por um passeio feito às pressas e sem lá grandes planejamentos e com o máximo de dinheiro que eu dispunha e que ficou mínimo durante o rodar, ocasião na qual fui brindado com uma supermassa geladíssima da Patagônia (no mínimo) e mais a chuvinha fininha gelada que uns diziam ser uma nevezita derretida, enfim, coisas assim que me fazem lembrar de minha cama bem quentinha lá em Mostardas, mas queria chegar à cidade de Lajeado via Rota do Sol, cruzando trechos de muito movimento entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves - coisinha mínima para vocês de São Paulo, coisona grande para quem estava dopado com uma estrada reta e plana e de pouco movimento... -, apenas para ver de perto, numa loja da Traxx, um modelo deles... Coisa de absoluto doido sem recuperação, acreditem...

Foi difícil? Sim, foi. Foi como eu sonhava? Não, porque não pude parar para muitas fotos dada as más condições do tempo e as poucas que fiz terminei apagando sem querer da câmara nem sei por quê, talvez para me obrigar à boa penitência de refazer o percurso com mais tempo, mais dinheiro e mais sol...

Buenas, o que importa é que desencatei a motocicleta e o motociclista preso em si mesmo e arrodeado de fantasmas para as bandas de Osório e enfrentei lugares por mim nunca dantes rodados, fazendo a "Intrusa" subir serras e fazer curvas de cotovelo com o máximo cuidado, porém assim mesmo vi muitas e lindas paisagens para as quais agradeci, como agradeço, ao nosso Bom Deus por elas estarem ali, enebriando minha alma de motociclista. Conheci gente simples com quem muito aprendi sobre a região dos "gringos", lugar onde gostaria de morar, saindo de vez do litoral, entretanto não pude visitar as cidades que ficarão para o momento oportuno no qual eu faça o "Grande Roteiro pelas Localidades de Imigração Italiana no Rio Grande do Sul" com o intuito principal de o dividir em pequenos roteiros de final de semana para que pessoas simples com motos pequenas e simples possam descobrir as belezas de um verdadeiro mototurismo bom e barato, de preferência que o façam não solitos como eu, porém em pequenos e ordeiros grupos, onde, espero eu, possam reafirmar a boa amizade entre si ou até iniciarem relacionamentos com pessoas que porventura encontrem no grupo ou nas localidades visitadas - sem querer ser um Cupido para ninguém.

Mas foi no retorno de Lajeado, no outro dia, saindo de lá com sol, que vim rearquitetando minha vida aqui neste lugar chamado Solidão e de cuja denominação já estava me impregnando da própria solidão, de modo que vim falando comigo mesmo e tentando elevar os pensamentos para a boa Turma do Céu com os quais desejava viver em paz de novo por aqui até que as coisas se ajeitassem para melhor, despertando um carinho mais sincero e especial por este povo sofrido e por aquela cidade ali a 60 km daqui a qual tenho difundido através destes textos e das fotografias.

Agora é que me dei conta de que este texto está no local errado do fórum... Pois, no município de São Francisco de Assim, às margens da RS 453 ou Rota do Sol, existe um distrito conhecido por mim na ida, onde pernoitei por meros 10 pilas numa casa de uma senhora que me alugou o quarto e onde desejava pernoitar de quinta para sexta-feira, de onde saí também com um belo sol que se transformaria numa chuvarada açoitada por um vento mais forte dos que estes desta planície litorânea sem que eu pudesse sequer parar a moto e pegar as calças de chuva - a jaqueta do conjunto, na minha rica e falível opinião, estava emprestada a uma pessoa, embora a dita estivesse dentro de uma sacola de mercado no meu quarto encontrada depois! - e assim fui lutando contra ventos e chuva gelados até um paradouro no distrito de Aratinga, também pertencente ao mesmo município referido anteriormente para me aquecer com um simples café, já que a grana que ainda tinha mal daria para abastecer a moto em Osório, onde eu precisava chegar para conseguir emprestado com um bom amigo pelo menos mais uns 50 pilas...

Foi neste paradouro, onde havia conhecido um bom homem chamado José, que almocei uma marmita de alumínio com uma comida excelente, oferecida por ele e por algumas funcionárias, de maneira que tudo isto me faz crescer minha fé neste nosso Bom Deus e nas pessoas boas que ainda existem por aí.

De Osório em diante tive de não rodar mui devagar para não pegar o escurinho da tardinha nas proximidades da Solidão, mas não tive muita sorte e ainda encontrei trechos esburacados novamente por causa das chuvas que decerto abundaram por aqui também. Resultado: chegamos, eu, a motocicleta e meus anjos da guarda todos bem, embora cansados desta aventura que rendeu mais uns 970 km no meu currículo rodado...

Relato isto por cima, porque a razão de tudo isto é agradecer de coração a todos, tanto dos Viageiros como os do Motocustom-Vírus pelas preocupações em relação ao meu sumiço, fazendo-me assim repensar que eu no fundo não ando sozinho, mas com a presença de vocês que me vem à lembrança como que a transmitir telepaticamente as belezas do passeio - mesmo quando açoitado pelos impiedosos ventos serranos e com 15 pilas no bolso. E termino aqui dedicando isto tudo a Deus, sem muitas delongas, pois Ele já sabe que estou sendo sincero.

Abraços cordiais a todas e a todos, Pedro.
beryalves
Colaborador
Mensagens: 1857
Registrado em: 25 Mar 2010, 10:22
Localização: Serra
Contato:

UFA, APARECEU

Teve gente por aqui que perdeu até os cabelos, belo relato o seu, grande motociclista, que Deus continue te iluminando e protegendo para que possa continuar a escrever estes lindos relatos, ainda dizem que para ser motociclista tem que ter motos cromada e grandes, o que vale é ter alma de motociclista.
Abs,
Luiz Alves
Nosso brejo, sua casa.
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Professor Pedro Massari
Mensagens: 86
Registrado em: 23 Dez 2010, 19:24
Localização: Mostardas

Luiz, obrigado pelas tuas gentis palavras. Estou até meio encabulado com tanta expectativa da minha aparição como se minha ausência tivesse provocado um abalo no mundo motociclístico nacional - então peço desculpas pela longa ausência e sempre agradecerei a Deus por tudo que me proporciona incluindo estes tão bons amigos que um dia poderei conhecer em carne e osso e com uma boa carne com osso assada, uma costela, e umas cervejas ou guaranás conforme o gosto de cada um...

Abraços do Pedro
neucy donizeti
Mensagens: 327
Registrado em: 02 Jun 2011, 02:42
Localização: Sorocaba

A beleza do relato se divide em várias outras belezas. A sensibilidade em ver o mundo que passa muito rápido e que se não fosse por ela, nunca daria uma parada. Mas não é uma simples parada de imagens, conseguimos sentir até o cheiro desta empreita. O que, no mundo das letras, é raro. Outra beleza se mostra pelo sentir social e pelo tato com pessoas de imensa vida e sentir e respeitar este patrimônio pessoal que as pessoas têm e nem sabem. Por fim a última das belezas tem de ser advinda de um professor. A intimidade com a nossa língua constrói um texto fluído a ponto de ser lido em sala de aula. Se me conceder tal regalia, decerto saberei utiliza-la.
Neste contexto a motocicleta passa de status a companheira, unindo-se ao viajante como sua roupa. Parabéns! Tenho por desejo conhecer estas paragens. Um dia.
Tio Doni

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Professor Pedro Massari
Mensagens: 86
Registrado em: 23 Dez 2010, 19:24
Localização: Mostardas

neucy donizeti escreveu:A beleza do relato se divide em várias outras belezas. A sensibilidade em ver o mundo que passa muito rápido e que se não fosse por ela, nunca daria uma parada. Mas não é uma simples parada de imagens, conseguimos sentir até o cheiro desta empreita. O que, no mundo das letras, é raro. Outra beleza se mostra pelo sentir social e pelo tato com pessoas de imensa vida e sentir e respeitar este patrimônio pessoal que as pessoas têm e nem sabem. Por fim a última das belezas tem de ser advinda de um professor. A intimidade com a nossa língua constrói um texto fluído a ponto de ser lido em sala de aula. Se me conceder tal regalia, decerto saberei utiliza-la.
Neste contexto a motocicleta passa de status a companheira, unindo-se ao viajante como sua roupa. Parabéns! Tenho por desejo conhecer estas paragens. Um dia.
Neucy, obrigado pelas tuas palavras.

Foi um texto criado aqui nas teclas com alguns defeitos que agora pude ver e corrigir. Foi um passeio corrido e cansativo no sentido da preocupação por causa do dinheiro, nem tanto pelo mau tempo que faz parte do cardápio motociclístico, embora sirva como mais uma aula da vida.

Sim, podes utilizá-lo - então és um colega? -, mas creio que precisarás de um mapa para que eles vejam o trajeto o qual posso resumir aqui para que tu mesmo o faças aí:

1- Capivari do Sul (estrada RS 040, liga Viamão a Balneário Pinhal e é cruzada pela BR 101.)
2- Osório - pegar a 101 para o norte.
3- Terra de Areia, onde há o viaduto para entrar na Rota do Sol.
4- Terra de Areia - aos distritos de Aratinga (São Francisco de Paula) e Lajeado Grande (São Francisco de Paula, onde pernoitei por 10 pilas.)
5- Vila Seca (Caxias do Sul)
6- Caxias do Sul
7- Farroupilha
8- Bento Gonçalves
9- Garibaldi
10- Imigrante
11- Boa Vista do Sul
12- Westphalia
13- Teutônia
14- Estrela
15- Lajeado

De Imigrante a Lajeado já é colonização alemã...

O Roteiro pelas localidades de imigração italiana passarei a chamar simplesmente de "Rota Italiana", mas isto demandará tempo - pois pode ser feito por etapas - e dinheiro, mesmo dormindo em barraca, se for o caso.

É isto aí. Coisas de louco sem recuperação depois que aquele vento do asfalto entrou pelas narinas e infectou até o sangue, tornando-o um estranho tipo sanguíneo que todos nós temos: MT - Motociclismo e Turismo.

Abraços. Escreve.

P.S.: Tenho um álbum no Facebook - "Motociclismo: se eu explicar..." no qual há imagens daqui da região de Mostardas e inclusive lá em São José do Norte, melhor, a travessia da Laguna dos Patos entre esta cidade e Rio Grande. Podes usar as fotos, se quiseres...
maxdiatribe
Mensagens: 100
Registrado em: 01 Mar 2011, 17:52
Localização: Aracaju

Não sei se interessa a alguém saber disso, mas interessa a mim desabafar. Já vão fazer sete meses que vendi minha Virago 535 e durante esse tempo eu senti um sofrimento do qual não pude prever que sentiria. Quem tem ou já teve uma moto custom, quem já se aventurou pelas estradas desfrutando da paisagem, do vento, da velocidade, se vicia nisso e realmente é vicio, pois, acreditem, venho tendo crises de abstinência por conta do meu afastamento desses momentos. Lidar com a máquina, transformá-la até que fique da forma que você deseja, manter seu funcionamento perfeito, encontrar-se com os amigos que também andam de moto ou até com os que não andam, tudo isso é propiciado por uma moto. A venda da minha máquina não foi totalmente voluntária. vendi porque ela começou a apresentar problemas que não cabiam no meu orçamento para saná-los e como sou de classe pobre, venho lutando para ter acesso a minha próxima custom, que, se tudo der certo, será uma Shadow 600. Dessa vez vou me empenhar em criar uma reserva finançeira para mantê-la, já que notei que uma custom é prioridade em minha vida. Aos que podem estar pensando que isso é ridicula minha angústia e minha ansiedade, eu advirto: só comprem uma custom se não quiserem nunca mais deixar de ter porque vira sua vida, você se traduz por ela, sua expressão, seu modo de enxergar o mundo. Espero no próximo relato dar as boas novas da compra da minha próxima máquina. Me desejem sorte! Até lá!
Homem + Máquina = rolé!
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