Apesar deste post ser antigo, gostei e prefiri postar também uma experiência do passado:jirschik escreveu:Amigos:
Acessei o site de um motoclube que chamou minha atenção e ao qual eu pretendia me ingressar. Porém para ser membro deste motoclube são necessários vários pré-requisitos e dentre eles o que mais me deixou indignado e que me proibiu o ingresso: "Só aceitam membros que possuam motocicletas com mais de 600 cc."
Questionei o porquê desta regra em um e-mail de contato e recebi a seguinte resposta: "É por questão de segurança em nossos passeios, que normalmente são mais de 300 kms e moto com menor cc não agüenta."
Então comprei uma Kasinski Mirage 250 que não aguenta um passeio de 300km? Ou será que tem alguma discriminação disfarçada por aqui?
Duvido muito que eu não possa fazer uma viagem de mais de 300km diários com minha Mirage. E tenho certeza que vários de vocês já percorreram mais que isso. Tenho um amigo que com uma motocicleta de 125 cc já fez São Paulo - Ribeirão Preto - São Paulo - Campinas - São Paulo e isso dá muito mais que 300km.
Quando era criança descobri através de meu tio, irmão de minha mãe, o mundo do motociclismo.
Apaixonei e desde então sempre quis ter minha moto, até que em 1999 meu tio sempre deixava uma de suas motos comigo, uma CG 125 nova.
Sempre viajávamos ele com sua Recem comprada Falcon 400, outra paixão de minha vida, onde tive duas até então. Até que em 2001, comprei minha primeira moto uma CG125 prata, a "flecha de prata" como costumava chamá-la. Com essa tive meu melhores momentos de motociclista, rodei e muito sempre acompnhando meu tio, que na época possuía uma CB 500. Então decidimos montar os Patos do asfalto, pois o motoclube só tinha CG. Foi legal enquanto durou, mas sabe como é a galera era durona assim como eu e não rodávamos muito. Com o fim dos Patos, eu e meu tio resolvemos ingressar em outro motoclube o qual prefiro não divulgar o nome por se tratar de um Moto Clube grande aqui do ES.
Fomos participar do encontro semanal de uma facção deste motoclue me minha cidade. Até que éramos apenas espectadores tudo foi bem até convidarem meu tio para entrar no motoclube. Jejesky, que é o meu tio, disse que só entraria se eu também entrasse... foi aí que começou a discriminação, pois disseram o mesmo que moto pequena não era bem vinda por questão de segurança, etc e tal.
Pura baboseira, pois, eu sempre rodava com os caras do motoclube e nunca tive nenhum agarvante nas viagens sendo eu que puxava a galera na estrada.
Ficamos indignados, mas no final de tanto discutir o assunto todos os integrantes do moto clube me aceitaram. Porém ficamos pouco tempo no motoclube e saímos para fundar outro o Rota Colibri de Santa Teresa - ES. Motoclube este que integrei até meados de 2003 quando fui trabalhar em Salvador e tive que vender minha Falcon que era a moto que possuía na ocasião.
Resumindo: é por preconceito sim, que Motoclubes grandes escluem motos pequenas e motociclistas novos. Motivo: querem somente motos grandes para desmontrar que o grupo é seleto e de poder aquisitivo alto.
Pelo menos esta foi o que a experiencia que tive. Espero que integrantes de outros motoclubes não generalisem, pois sabemos que há muitos motoclubes que não têm este tipo de preconceito com os cegezeiros que são a maioria em nossa comunidade.
Grato pelo espaço e um abraço a todos.