Papo de economia

Assuntos diversos, relacionados ou não ao motociclismo

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caruso
Colaborador
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Registrado em: 01 Ago 2008, 01:42

Excelente Cross
Caruso


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cros
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Registrado em: 16 Nov 2007, 00:55
Localização: Eldorado do Sul

Remador incompetente


Conta a história que em 1994 houve uma competição entre as equipes de remo do Brasil e do Japão. Logo no início da competição, a equipe japonesa se distanciou e completou o percurso trinta minutos antes da brasileira.

De volta ao Brasil, o Comitê Executivo de Remo se reuniu para avaliar o fracasso e verificou que a equipe japonesa era formada por um chefe de equipe e dez remadores. A equipe brasileira era formada por um remador e dez chefes. O problema passou para a esfera do Planejamento Estratégico visando à reestruturação da equipe para o ano seguinte.

Em 1995, novamente, o Japão venceu e desta vez a equipe brasileira chegou com uma hora de atraso. Foi feita nova análise do fracasso que mostrou o seguinte:

1) a equipe japonesa continuava com um chefe e dez remadores;

2) a equipe brasileira, após as mudanças sugeridas pelo Planejamento Estratégico, era formada por:

a) um chefe de equipe;
b) dois assistentes de chefia;
c) sete chefes de departamento;
d) um remador.

A conclusão do Comitê que analisou as causas do novo fracasso foi unânime: o remador era incompetente!

Em 1996, nova competição. O Departamento de Tecnologia e Negócios colocou em ação um plano para vencer os japoneses, baseado nas mais modernas técnicas de gestão. Os brasileiros, desta vez, iriam humilhar os japoneses.

O resultado foi catastrófico. O Brasil chegou com três horas de atraso! As conclusões do Comitê desta vez revelaram o seguinte:

1) a equipe japonesa continuava com um chefe de equipe e dez remadores;

2) a equipe brasileira utilizou a seguinte composição vanguardista:

a) um chefe de equipe;
b) dois auditores de Qualidade Total;
c) um assessor de empowerment;
d) um supervisor de downsizing;
e) um analista de procedimentos e não-conformidades;
f) um analista de sistemas;
g) um controller;
h) um chefe de departamento;
i) um controlador de tempo;
j) um remador.

Depois de vários dias de análise, o Comitê resolveu castigar o remador e, para isso, aboliu “todos os benefícios e incentivos em função do fracasso”. Depois resolveu trocar de remador, utilizando um terceirizado, para não terem mais despesas com pessoas porque “o projeto estava ficando num custo abusivo e não estava dando os resultados esperados”.

Qualquer semelhança com alguma instituição, empresa ou país que você conheça, evidentemente é mera coincidência!
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Binario
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Registrado em: 02 Nov 2008, 00:02
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Troca do dólar por nova moeda mundial é 'tendência', avaliam analistas

http://g1.globo.com/Noticias/Economia_N ... 56,00.html
"No stop signs, speedin' limit
Nobody's gonna slow me down"


I'm on the highway to hell
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Se for beber, não dirija! Se for dirigir, me chame!
cros
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Mensagens: 10235
Registrado em: 16 Nov 2007, 00:55
Localização: Eldorado do Sul

Tem um camarada se lamentando porque não consegue vender a sua mirage por um valor que ele acha que é justo. E culpa a marca pela desvalorização.

Ora, vamos cair na realidade, esse mundo capitalista/globalizado e agora "em crise" não quer saber de recomprar veiculo usado. Vendeu tá vendido, isso vale até pra Gol ou Titan, vale mais a pena deixar enferrujando na garagem do que tentar um valor numa loja.

As lojas não querem saber de recomprar produto usado, nunca se deram conta de que as autorizadas só tem veiculos usados com no maximo 3 anos de uso???

Quando chega alguém na autorizada querendo dar seu usado na troca, o vendedor liga pra alguma loja de usados, as vezes eles fazem um conchavo com várias lojas, e pergunta quanto o cara paga num carro assim assado sem olhar, e pronto, o dono do carro ahca que vai fazer um grande negocio levando seua bicheira numa autorizada quando na verdade ele vai ser repassado pra uma revenda de esquina.

O mesmo vale pra motos, nem uma revenda Honda quer moto da marca numa troca, eu mesmo tentei colocar uma Strada 2002 na troca por uma Tornado zero e o vendedor disse que não estavam aceitando motos desse ano.

Bem vindo ao mundo do descartavel, que chegou aos veiculos, assim como é pra todos os demais produtos vendido mundo afora, se alguém acha que seu celular ultimo modelo de 900 reais vai valer alguma coisa daqui 3 meses, precisa se antenar, botou dinheiro fora playboy e quem embolsou foi a industria.
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Alex
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Registrado em: 15 Jun 2007, 17:52

cros escreveu:Tem um camarada se lamentando porque não consegue vender a sua mirage por um valor que ele acha que é justo. E culpa a marca pela desvalorização.

Ora, vamos cair na realidade, esse mundo capitalista/globalizado e agora "em crise" não quer saber de recomprar veiculo usado. Vendeu tá vendido, isso vale até pra Gol ou Titan, vale mais a pena deixar enferrujando na garagem do que tentar um valor numa loja.

As lojas não querem saber de recomprar produto usado, nunca se deram conta de que as autorizadas só tem veiculos usados com no maximo 3 anos de uso???

Quando chega alguém na autorizada querendo dar seu usado na troca, o vendedor liga pra alguma loja de usados, as vezes eles fazem um conchavo com várias lojas, e pergunta quanto o cara paga num carro assim assado sem olhar, e pronto, o dono do carro ahca que vai fazer um grande negocio levando seua bicheira numa autorizada quando na verdade ele vai ser repassado pra uma revenda de esquina.

O mesmo vale pra motos, nem uma revenda Honda quer moto da marca numa troca, eu mesmo tentei colocar uma Strada 2002 na troca por uma Tornado zero e o vendedor disse que não estavam aceitando motos desse ano.

Bem vindo ao mundo do descartavel, que chegou aos veiculos, assim como é pra todos os demais produtos vendido mundo afora, se alguém acha que seu celular ultimo modelo de 900 reais vai valer alguma coisa daqui 3 meses, precisa se antenar, botou dinheiro fora playboy e quem embolsou foi a industria.
Cros, você disse "quase" tudo, mas faltou algumas conversas clássicas de vendedores:


- "Essa cor é a mais fácil de vender depois" (quando você está comprando);

- "Essa cor ninguém quer" (quando você está vendendo).



- "Estes acessórios valorizam muito o veículo" (quando você está comprando);

- "Trabalhamos com base no valor do modelo básico (sem acessórios)" (quando você está comprando).

Ps.: base = aprox. 35% abaixo do valor de tabela.



- "Leva o modelo antigo, pois assim que chegar o novo o preço vai ser outro" (quando você está comprando);

- "Já saiu o modelo novo * e com promoção *, o seu perdeu uns 20% de valor (em cima dos outros 35% a menos que vão te pagar sobre o valor de tabela)" (quando você está vendendo).



- "Garantia de 3 anos!" (quando está comprando);

- "Garantia de 3 anos apenas para o motor, o resto é só 1 ano" (quando você precisa de assistência).



- "Manutenção mais barata do mercado" (quando você está comprando);

- "put* que o pariu!" (é o que você diz quando vê o orçamento da revisão).
rafaeladvogado
Desvirtuador
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Registrado em: 23 Ago 2007, 09:33
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Eu sempre dei sorte na hora de trocar meus carros usados por novos...

Aqui na Fiat de montenegro-RS eu e meu pai... já compramos 7 fiats zero km... justamente porque fomos muito bem atendidos e sempre pagaram bem no carro usado...

já tivemos 4 unos, 1 pálio, 1 tempra, e um Siena (meu atual...)

Meu uno entrou no negócio do Siena exatamente pelo valor da tabela fipe... mesmo com 4 anos de uso...

e além disso... peguei um troco do valor do carro em dinheiro para pagar umas contas... e tudo beleza...


8)
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Alex
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Rafael,

Vai lá hoje e vê quanto vão pagar no seu carro (se é que vão pegar)... :cry:
rafaeladvogado
Desvirtuador
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Registrado em: 23 Ago 2007, 09:33
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Alex Leandro escreveu:Rafael,

Vai lá hoje e vê quanto vão pagar no seu carro (se é que vão pegar)... :cry:
com certeza o meu carro hoje vale bem menos do que paguei...

pois:

quando comprei não havia isenção de IPI...

2-... qualquer carro depois que é emplacado já desvaloriza bastante...

mas, sempre que troquei de carro lá... pagaram um valor justo pelo carro... isso não quer dizer que o carro não tenha desvalorizado bastante... mas pagaram o valor da tabela fipe... o que raramente fazem...

www.fipe.org.br :D
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cros
Moderador
Mensagens: 10235
Registrado em: 16 Nov 2007, 00:55
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rafaeladvogado escreveu: com certeza o meu carro hoje vale bem menos do que paguei...
Cada caso é um caso, provavelmente na tua cidade por ser perto de outras grandes cidades (NHO, CAN, POA) faz com que o revendedor tente manter o cliente na loja dele, mesmo que ele diminua a margem de lucro e compense na proxima venda.

Ou mesmo que já tenha (certamente) um interessado na "mercadoria".

Mas teu caso é 1% do que realmente ocorre no atual mercado de veiculos.

Como eu disse, as pessoas terão que apartir de agora engolir o prejuizo, e fazer um balanço se vale a pena perder muito pra trocar de veiculo. E tbm correr muito atrás de melhor proposta, e com o "tempo" não tem perdão cada dia perdido é desvalorização correndo...
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vinibgomes
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Quinta-feira, 16 de abril de 2009, 12h09

Estudo do FMI vê recessão longa e recuperação lenta

NALU FERNANDES

Um estudo realizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a economia mundial, em antecipação ao Encontro de Primavera neste mês em Washington, indica que "a recessão atual provavelmente será longa e severa" e a "recuperação provavelmente será letárgica". O prognóstico faz parte de capítulo analítico do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), intitulado "Da recessão à recuperação: quão logo e quão forte?"

A divulgação não contém as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) das diversas economias mundiais, que serão reveladas durante o encontro, no fim do mês. No estudo, os economistas do FMI citam que a recessão atual reúne a rara combinação de tremores financeiro e econômico. Ainda, "a turbulência recente combina crise financeira no coração da maior economia do mundo com declínio global".

Na tentativa de compreender "o declínio mais profundo da economia mundial desde a Segunda Guerra", como reitera o economista-sênior do Departamento de Pesquisa do FMI e coordenador do estudo, Alasdair Scott, o documento do FMI analisou padrões associados a recessões mundiais do passado, olhando para episódios tanto de crises financeiras quanto de declínios econômicos sincronizados - que são aqueles em que dez ou mais das 21 economias avançadas estudadas pelo Fundo registram recessão simultaneamente.

No último trimestre de 2008, o FMI estima que 15 economias avançadas já estavam em recessão. Para o Fundo, não é surpresa que muitos comparem a crise corrente com a Grande Depressão, uma vez que a ocorrência atual é a mais profunda e longa desde a ocorrida na década de 1930. "A extraordinária intensificação da crise desde o colapso do banco Lehman Brothers em setembro (2008) levantou o espectro de outra Grande Depressão", afirma o FMI.

Neste estudo, foram analisados os ciclos econômicos em 21 economias avançadas da década de 1960 até hoje, com exceção da recessão corrente. Desde então, os economistas identificaram 122 recessões, sendo que apenas 15 estão ligadas diretamente a crises financeiras. Deste número, a constatação final foi que apenas três episódios são de recessões que têm características sincronizadas em escala global: 1975, 1980 e 1992.

O FMI verificou que as recessões sincronizadas duram um ano e meio a mais do que as chamadas recessões típicas, que duram cerca de um ano. Segundo terminologia adotada pelo Fundo, recessões típicas são aquelas que não estão ligadas diretamente a crises financeiras e são geradas por outros choques, por exemplo, do petróleo.

De acordo com o Fundo, a recuperação que ocorre após uma recessão sincronizada é usualmente lenta, diferentemente das recuperações na esteira de recessões típicas, que costumam ser caracterizadas como ''retomadas fortes". Um agravante no caso de recessão sincronizada, cita o Fundo, é se os Estados Unidos também estiverem em recessão, como é o caso atual. Recessão nos EUA significa acentuada queda das importações pelo país, um fato que pesa ainda mais para "significativa contração no comércio mundial".

Embora seja necessário usar a cautela para fazer inferências de uma evidência história para o presente, "o fato é que o declínio atual da economia, altamente sincronizado e associado com crise financeira profunda, sugere que (o processo de recessão) deverá ser persistente, com recuperação mais fraca do que a média", completa Scott.

Publicado em: 16 de abril de 2009, 12h09
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