Mercado x Consumidor

Assuntos diversos relacionados ao motociclismo

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Fratre
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Ontem um "user" chamado Adriano do blog bolha imobiliária escreveu esse texto lembrando a história. Achei bem bacana pois ele sintetizou bastante e mesmo é muito rico o texto:

"Sempre me vêm a mente os anos de 2006-2008. Brasil “na moda”. Lula, ileso do escândalo do mensalão, e com popularidade de dar inveja aos beatles, arrasta multidões por onde passa, no Brasil e no mundo. Barak Obama o chama de “the guy”. Crise imobiliária nos EUA/Europa. Dinheiro saindo aos montes desses países, ávidos por novos que dessem os mesmos retornos.

Rios de dinheiro começam a entrar nas construtoras brasileiras, que sem ter nenhum plano, compram terrenos e lançam como nunca antes. Começa a pressão sobre os preços dos terrenos e mão de obra. Preços dos commodities já pressionados pela alto consumo Chinês – que cresce como nunca – é ainda mais pressionado pelo aumento do consumo interno. Governo anuncia o Programa Minha Casa Minha Vida.

Preços dos imóveis passam a subir num ritmo insustentável. Daí numa daquelas convergências “cósmicas” do destino, ocorre o tiro de misericórdia na racionalidade – anúncio da Copa, seguido do anúncio das Olimpíadas. Mão de obra (sugada pelo pelas obras da copa e olimpíadas) e commodities sobem de preço astronomicamente.

O mercado vira uma loucura e perde qualquer referência. O mega investidor Sam Zell, numa frase de efeito planejada, diz, que se pudesse, “compraria” o Brasil. Pequenos investidores sem experiência alguma – apelidadas de “sardinhas” – entram aos montes num mercado até então conhecido por poucos e com grande potencial de alavancagem e lucro, mas também risco – a compra de imóveis “na planta” para repasse.

Valor dos imóveis passa a subir mais de 5% ao mês!! Tubarões da bolsa “caem fora” – vendem suas posições – deixando apenas as sardinhas, milhares delas. Poupadores que planejavam adquirir seus imóveis para morar, se desesperam e compram “na planta” também, com o medo terrível, de se esperar, vir a nunca conseguir adquirir seu imóvel próprio.

Poupadores em todas as partes do País ficam sabendo da história de pessoas que “se aposentaram” comprando imóveis na planta. Proprietários de imóveis usados “descobrem” que estão vivendo em imóveis “banhados a ouro” – estão ricos – e que precisam vendê-lo rapidamente, não podem deixar passar o momento. Expulsam sem piedade alguma inquilinos antigos, a fim de vender seus imóveis a preços absurdos. Preços dos aluguéis começam a ser pressionados para cima também. Milhares passam a se contentar com bairros mais afastados e imóveis inferiores. Preços atingem ápice.

Todas as construtoras passam a ter problemas com prazos nas entregas por conta da mão de obra escassa e da péssima qualidade dos profissionais. Papéis das construtoras despencam na bolsa, afinal nenhum mercado se sustenta apenas com “sardinhas”. Pessoas que compraram “na planta” passam a ter custos maiores que o previsto, afinal, não conheciam o mercado que estavam entrando.

Começam as entregas dos imóveis “na planta”. Milhares e milhares de entregas ao mesmo tempo. Especuladores que compraram na planta vendem seus imóveis à pessoas que querem comprar pra morar e que entram em financiamento longos e prestações altíssimas para ter o “sonho” da casa própria realizado. Valores altíssimos impedem que mais pessoas que querem comprar para morar adquiram seus financiamentos, simplesmente não têm renda para isso. Imóveis começam a encalhar.

Governo aumenta prazos de financiamento, mas o encalhe continua nas construtoras continua. Devoluções de especuladores que não podem arcar com financiamento avançam a todo vapor. Governo baixa os juros, mas não adianta. Simplesmente a renda das pessoas não comporta os valores das prestações. Proprietários de imóveis usados que tinham expulso inquilinos antigos não conseguem vendê-los, e com os custos de condomínio e iptu, os recolocam para aluguel no mercado, só que a preços mais elevados.

Não conseguem alugar e vão testando o mercado, baixando o valor do aluguel aos poucos até conseguir um inquilino. Entrega dos imóveis na planta continua a todo vapor. Grandes fundos imobiliários, recheados de capital estrangeiro, e imoralmente lucrativos para seus administradores, apresentam-se como alternativa, tentando atrair os antigos poupadores da poupança e selic, agora em queda.

Entretanto, em função dos baixos retornos e dos riscos e falta de liquidez inerentes ao negócio, não atraem com tanta força a massa, vulgo “sardinhas”. Construtoras passam a negociar “por debaixo dos panos” descontos de até 30% para potenciais compradores, seus imóveis prontos e que foram devolvidos. Todas as construtoras passam a reduzir suas previsões para lançamentos. Mercado pára.

Ninguém compra e vende nada, ou porque não pode ou porque não quer. A percepção que é melhor esperar um pouco está na cabeça de todos. Ninguém mais se atreve a dizer que os preços dos imóveis continuarão a subir, apenas estabilizar. Isso reforça ainda mais o marasmo, ou seja, que é melhor esperar.

Governo se desespera e baixa ainda mais os juros, esticando ainda mais os prazos. A perspectiva de desemprego para um setor que emprega uma massa gigantesca de mão de obra desqualificada (e eleitores) com o final da Copa do Mundo e Olimpíadas, e ainda com a redução de lançamentos pelas construtoras, é uma ameaça muito grande. Preços dos imóveis em algumas regiões começam a cair.

Proprietários de imóveis usados e especuladores de imóveis “na planta” tentam resistir ao marasmo geral. Afinal, se estiverem capitalizados, podem esperar até a Copa (no Rio, até as Olimpíadas). Entretanto, aumento em praticamente todas as cidades do IPTU, calculado com base no “valor de mercado” dos imóveis vêm impor-lhes a realidade.

Quantidade gigante de imóveis adquiridos “na planta” a ser entregue nos próximos 2 anos causa apreensão geral.

Aos que tiveram o tempo de ler o texto inteiro agradeço. Ao meu ver estamos nessa fase. "
cros
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Bolha automobilística no Brasil: mito ou realidade?

As chances de um colapso financeiro decorrente da inadimplência de compra de veículos são reais. Famílias brasileiras estão endividadas

Frederico Vitor

As chances de estourar uma bolha automobilística no Brasil são reais. A probabilidade de o crédito automotivo concedido aqui ter efeito equivalente às hipotecas de alto risco que detonaram a crise americana em 2008 são grandes. Os quatro maiores bancos em operação no mercado brasileiro — Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander — detêm mais de 80% dos financiamentos para a compra de automóveis. Trata-se de uma carteira avaliada em R$ 201 bilhões. Tamanha concentração causa em parte do mercado preocupação sobre as possíveis consequências de um eventual estouro do calote nesta área.

Afinal, os balanços dos bancos mostraram um aumento de inadimplência, cujo reflexo foi a maior provisão para créditos duvidosos. Ocorre que a economia brasileira não cresce de forma vigorosa como nos anos anteriores, e a renda do trabalhador brasileiro também não teve o mesmo crescimento. É possível, dado o aumento do endividamento, uma ligeira elevação da inadimplência e por consequência, uma elevação dos calotes de financiamento de veículos levando os bancos a acumularem dezenas de carros em pátios prontos para irem ao leilão.

Na última década, quando o Brasil emergiu a condição de player no cenário econômico mundial, a indústria automobilística cresceu de forma consistente. Hoje, no Brasil se vende mais carro do que na Alemanha e no Japão, sendo superado apenas pelos Estados Unidos e China. O país concentra 86 plantas industriais que fabricam veículos, máquinas agrícolas automotrizes, motores e componentes que correspondem a 18% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, empregando 146 mil trabalhadores. Foram investidos neste mercado mais de U$ 5 bilhões em 2011 e atualmente há um total de 3.714 concessionárias espalhadas em todo território nacional.

De acordo com o anuário da indústria automobilística brasileira de 2012, elaborado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veí­culos Automotores (Anfavea), foram produzidos 3,4 milhões de veículos no Brasil em 2011. Há 13 anos, a produção nacional de veículos era de 914 mil. Em 2009 foram 3,1 milhões de veículos saídos das fábricas brasileiras. Em 2010 foi registrado o recorde de produção: 3,6 milhões de automóveis. Em 2011, cerca de 2,6 milhões de carros novos foram licenciados. Destes, 86 mil foram emplacados em Goiás.

A venda financiada de automóveis registrou queda de 10% em 2012 em relação ao ano anterior, segundo a Cetip — companhia de capital aberto que oferece serviços de registro, central depositária, negociação e liquidação de ativos e títulos. Em dezembro de 2012, o porcentual cresceu 7 pontos comparado a novembro, somando 604,7 mil unidades em todo Brasil. No entanto, em relação a dezembro de 2011, há uma queda de 12%. Na categoria de veículos leves novos, houve aumento de 18% de novembro para dezembro de 2012, e alta de 9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No acumulado do ano, o volume total de financiamentos deste tipo de veículo teve aumento de 8% ante o montante registrado em 2011, de acordo com a Cetip. A queda da taxa básica de juros e a redução do Imposto sobre Produtos In­dus­trializados (IPI) propiciou que em 2011 os goianos mais comprassem carros zero-quilômetro na história — 86 mil automóveis leves. O objetivo do governo com o IPI é de reduzir os preços dos carros em aproximadamente 10%.

Colapso iminente

Para o deputado federal Val­divino de Oliveira (PSDB), que é economista e titular da Comissão de Desenvolvimento Econômico de Indústria e Comércio da Câ­mara dos Deputados, se a inadimplência continuar acentuada na área de vendas de automóveis nos próximos meses poderá trazer graves consequências ao sistema financeiro. O parlamentar argumenta que o setor, caracterizado pelas facilidades ao acesso a linha de créditos, a qualquer momento poderá estourar uma bolha. “Se a inadimplência se localizar na área de carros, como já teve com motocicletas, obviamente além de reduzir futuros financiamentos, o rombo comprometerá a indústria mecânica nacional.”

Valdivino de Oliveira avalia que uma das saídas para se evitar a iminente crise no mercado de automóveis começaria pela exigência, por parte dos bancos, de maior valor de entrada para conseguir o financiamento. Para ele, se as instituições financeiras não passarem a cobrar uma entrada maior que o valor de depreciação do veículo, após sua saída para a concessionária, o veículo retido por inadimplência não pagará o prejuízo do banco. “A vendas de carros no Brasil bate recorde a cada ano. Evidente que isso favorece a saúde financeira do país. Mas por outro lado não deixa de trazer transtorno, se houver períodos de inadimplência afetará o sistema bancário do país.”

O economista e professor universitário Adriano Paranaíba garante que não haverá bolha no setor de vendas de carros por causa dos incentivos governamentais. Ele enfatiza que desde a década de 50, na chamada era JK — governo do presidente Juscelino Kubitschek —, o governo federal vem incentivando de forma generosa a indústria automobilística. Entretanto, Paranaíba lembra que cadeia produtiva de automóveis sempre pressionou para que as vendas sejam cada vez maiores, causando uma série de problemas, como logístico e de insumos — aumento do preço de combustíveis ou sua escassez.

Economista e professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Jeferson Vieira de Castro afirma que não vê risco de bolha automobilística no Brasil. Ele diz que os bancos estão mais criteriosos ao concederem créditos para financiamento. A retomada do automóvel pela financiadora é imediata e quase livre de burocracia. Entretanto ele ressalta que o nível de endividamento é alto, mas controlado, ao mesmo patamar de países com economia vigorosa como a Alemanha. “Os bancos brasileiros têm dinheiro em caixa, com disponibilidade. Bolha automobilística só existiria no Brasil se o índice de desemprego estivesse em patamares alarmantes, algo que não é a realidade de hoje.”

Famílias endividadas

De acordo com dados da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio-GO), das 52 mil famílias goianienses com saldos devedores, 14% estão com a prestação do financiamento do veículo atrasada. Porém, o mês de janeiro registrou o menor porcentual de endividados dos últimos oito meses em Goiânia. Conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) 41,2% dos consumidores da capital estão endividados.

Desde o mês de outubro de 2012, quando o total de endividados chegou a 49,4%, o índice registrou três quedas consecutivas, tendo caído 3,8 pontos porcentuais em relação a dezembro. Apesar do resultado positivo, quando comparado a janeiro do ano passado, houve um crescimento de 5,8 pontos porcentuais no total de devedores. O total de endividados com contas em atraso também recuou em janeiro na comparação com dezembro do ano passado, passando de 21% para 18,6%, mas avançou 3,3 pontos porcentuais em relação a janeiro de 2012.

Apenas o porcentual dos que declararam não ter condições de pagar suas dívidas, que recuou de 9,5% em dezembro para 7,4% em janeiro, manteve-se igual ao mesmo período do ano passado. De acordo com o levantamento, 58,2% dos consumidores goianienses não possuem dívidas com cartões de crédito, cheques pré-datados, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestação de carro ou seguro. O cartão de crédito segue sendo o principal tipo de dívida (65,5%), seguido dos carnês (43,4%). Entretanto, 14% dos endividados de Goiânia estão com as prestações pendentes com o financiamento de carros.

Na avaliação do presidente da Fecomércio, José Evaristo dos Santos, o crescimento no porcentual de endividados em relação a janeiro do ano passado se deve principalmente ao estímulo ao consumo patrocinado pelo governo por meio da redução do IPI para veículos, materiais de construção e eletrodomésticos. “Tanto assim, que 58,7% dos entrevistados declararam que estão comprometidos com dívidas por mais de um ano. Ou seja, são dívidas de médio e longo prazo.”

Um dado que preocupa, segundo Evaristo, é o porcentual de entrevistados, dentre as famílias com contas em atraso, que afirmam estar com atraso de mais de 90 dias. “É uma questão que exige maior cautela do empresário do comércio na hora de analisar o crédito do consumidor”, afirma. Em relação à inadimplência na compra de automóveis, onde o consumidor hoje encontra facilidades de pagamento, com financiamento com parcelas que vão desde 24 a 72 meses, poderá trazer consequências graves ao setor financeiro. A situação, porém, não deve escapar ao controle.

Pelo menos, esta é a avaliação dos bancos. O espanhol Santander, em relatório divulgado na imprensa, não teme que o segmento de financiamento de veículos no Brasil venha a representar um problema sistêmico para a indústria de serviços financeiros. O Itaú Unibanco, que lidera o mercado de crédito automotivo, respondendo por cerca de 30% da carteira total do setor, estima que as provisões para créditos duvidosos, na carteira automotiva, ficarão entre 6,0 e 6,4 bilhões de reais no segundo trimestre de 2013.

Para o terceiro trimestre, a faixa é de 6,5 bilhões a 7,1 bilhões. Os níveis foram considerados “altos” pelos analistas financeiros. O Itaú não divulgou sua estimativa de provisão. No Bradesco, o financiamento de automóveis respondeu por 8% das operações de crédito no primeiro trimestre. O banco estima que essa carteira deva crescer de 4% a 8% neste ano. A previsão é bem menor do que a da carteira total de crédito, que ficará entre 18% a 22%. En­quanto ao Banco do Brasil (BB), em si, conta com pouca ex­posição ao crédito automotivo.

Essas operações equivalem a 3% de sua carteira total. O problema é que o Banco Votorantim, do qual o BB detém praticamente 50% do capital, quando a participação da estatal se consolidar, o peso do crédito automotivo para a instituição financeira passará de 6% de sua carteira total. Independente do poder dos bancos para concessão de linhas de créditos para financiamento de veículos, as vendas de carros de 2011 a 2012 deslancharam. Tal fato deve-se á redução do IPI, como uma estratégia do governo para a elevação do PIB, que mesmo assim ficou abaixo do patamar projetado pelo Ministério da Fazenda.

http://jornalopcao.com.br/posts/reporta ... -realidade
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rafaeladvogado
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duplicou o post
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Eu faço parte dos "burros" :roll: que compraram o carro financiado

motivo = atualmente não consigo juntar 55mil, por exemplo, pra comprar um carro... e sim... comprei meu carro baseado no valor da parcela, mas óbviamente sabendo que o valor pago será maior do que o valor do carro, até porque as financeiras não são instituições de caridade... OU será que alguém achou que compraria um carro de 25mil em 60x de 416,66 ??? sem juros ??? claro que não...

Eu gostaria muito de comprar veículo à vista, mas infelizmente não posso... e também não tenho condições de ficar sem carro por 5 anos juntando dinheiro num cofre pra só depois comprar um, já que preciso do carro pra trabalho.

Quanto à comprar um carro semi-novo... é uma boa, desde que você não compre uma "bomba", ou seja, algum carro batido mal feito, um carro com algum defeito, etc etc etc... Pois mecânico PICARETA tem de monte... tu leva o carro pra fazer uma revisão simples e te sentam a faca nas costas...

Tive um Tempra 1997 0km que vendi em 2004 com 180mil km rodados... defeitos apresentados = nenhum... Agora vai olhar estes carros hoje em dia? não acha um que não esteja amarrado com arame... mesma coisa pra omega, vectra, etc etc etc POIS BRASILEIRO NÃO FAZ MANUTENÇÃO PREVENTIVA, SÓ MANDA FAZER ALGO (GAMBIARRAS) QUANDO O CARRO PARA DE FUNCIONAR.. então, comprar carro usado é loteria... exceto se conhece a procedência... ou então precisa comprar o carro calculando quanto pode gastar numa retífica ou funilaria
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cros
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Edição do dia 07/02/2013

07/02/2013 21h22 - Atualizado em 07/02/2013 21h22
Veículos de clientes inadimplentes enchem pátio de leilão em Guarulhos

É um depósito de sonhos frustrados. No meio, tem muito carro bom, bem conservado.


Dezessete mil carros estão em um pátio em Guarulhos, na Grande São Paulo, para serem leiloados. Pelo menos um terço deles é de veículos financiados que os donos não conseguiram pagar. São o retrato da inadimplência sobre rodas.

É um depósito de sonhos frustrados. No meio, tem muito carro bom, bem conservado. Como um Sedan, por exemplo, que está só um pouco sujo. Ou um utilitário esportivo seminovo, não tem um arranhão. E ainda está com o terço do motorista pendurado no retrovisor. Veículos que as pessoas desejaram, trataram com carinho, mas, no fim, não conseguiram pagar.

Um calote no financiamento e os bancos entraram na Justiça para recuperar os carros. Vai tudo a leilão.

“Você tem um aumento na situação de inadimplência. Isso reflete diretamente. O leilão é um termômetro”, explica o leiloeiro Moacir de Santi.

Em 2011, já vinha aumentando o número de carros financiados que estavam com três ou mais prestações atrasadas. Em 2012, piorou. A inadimplência chegou a 6% em maio, e, mesmo caindo depois, continuou alta.

“É o comprador que comprou o carro em 2009, 2010, 2011, jovem, em geral, primeiro carro. Não tinha dinheiro, tinha oferta de crédito, 60 meses sem entrada. Isso era de fato uma grande chance de comprar o automóvel, mas só que ele não planejou os gastos”, avalia Nicolas Tingas, da Associação Nacional das Instituições de Crédito.

Por isso, no ano passado, os bancos restringiram os financiamentos de veículos. O prazo máximo passou de 60 para 48 meses. Se antes dava para comprar sem entrada, eles começaram a exigir até 30% no ato da compra. Os bancos cobram os atrasados e costumam esperar pelo menos três meses antes de entrar na Justiça para recuperar o veículo.

“A melhor dica é o diálogo. Vá para seu agente financeiro, conversa com ele. Eu acho que o sistema tem interesse que você pague. E o sujeito tem interesse de pagar”, avalia Nicolas Tingas.

Nos leilões, o fim do sonho de uns vira, para outros, a chance de comprar um carro com preço abaixo da tabela. A dona de casa Sonia de Andrade e o filho Gérson foram atrás de um veículo em que caiba a família inteira.

Quem arremata já sai com o boleto de pagamento - à vista.
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cros
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Endividamento dos brasileiros bate novo recorde no 1º trimestre

BRASÍLIA - O endividamento dos brasileiros com o sistema financeiro nacional bateu novo recorde ao final do primeiro trimestre de 2013. Segundo o Banco Central, as dívidas das famílias correspondiam, em março, a 43,99% da renda anual. Em fevereiro, recorde anterior, o índice estava em 43,79%. No fim do primeiro trimestre de 2012, era de 42,37%.

Segundo o BC, parte do aumento do endividamento nos últimos anos está ligada ao crédito habitacional. Se forem excluídas as dívidas com a compra de imóveis, o endividamento fica em 30,48% da renda em março, ante 30,54% em fevereiro. Em março do ano passado, estava em 31,17%. Na última sexta-feira, ao divulgar os dados sobre o crédito em abril, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que muitas famílias estão substituindo o pagamento do aluguel (que não entra na estatística da instituição sobre dívidas) pelo financiamento habitacional, um endividamento de longo prazo, com juros mais baixos e que significa aumento de patrimônio.

O BC também divulgou números sobre o comprometimento de renda dos brasileiros, que considera dados mensais de renda e prestações pagas aos bancos. As prestações correspondiam, no terceiro mês do ano, a 21,66% da renda mensal dos trabalhadores, ante 21,84% em fevereiro (dado revisado). Também houve queda em relação a março de 2012, quando o comprometimento estava em 22,91% da renda. Se forem retirados da conta os financiamentos habitacionais, o comprometimento da renda mensal fica em 20,06% em março de 2013, ante 20,24% em fevereiro.
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fonte


O pessoal que está pensando em fazer financiamento, trocar de moto etc, deve fazer as contas direitinho pois não sabemos o que vem por ai!
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giunick99
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Franciscatto escreveu:Srs.,
Estou pesquisando nos principais sites de classificados de motos, uma V-ROD Muscle 2011 ou 2010, para aquisição, mas um fenômeno muito peculiar acomete esse modelo.
A V-ROD Muscle em Vivid Black é oferecida nas concessionárias do estado de São Paulo, por exatos R$48.100,00, mas quando pesquisamos o mesmo modelo com um ou dois anos de uso, incrivelmente o valor quando não bate os incríveis R$50.000,00, ou seja, mais caro que uma 0km, giram em torno dos mesmos R$48k.
Sinceramente não consigo entender o que se passa, pois é de conhecimento de todos os que discernem os fatos no mercado de veículos, que ao passarmos pelos limites territoriais de uma concessionária para levar um veículo 0km para casa, o mesmo é depreciado no mínimo em 10%, algumas teses são defendidas pelos profissionais da área, das quais o próprio seguro de um veículo 0km é mais barato que o mesmo negociado um dia depois para outro proprietário, plausíveis ou não tais teses, é assim que as coisas funcionam, sendo assim, ao tomar a decisão de comprar um veículo 0km, assumi-se o ônus da desvalorização frente uma negociação de venda, salvo raríssimas exceções, um exemplo hipotético, em Janeiro de 2013, surge a oportunidade de comprar uma V-ROD Muscle usada, com aproximadamente 1.700km rodados em estradas , por R$48,1K, tendo em vista que o IPVA já estaria pago e a primeira revisão de “mil milhas” também já realizada em concessionária e a moto em perfeito estado de conservação, sem nenhum detalhe e com todos os itens que acompanharam sua entrega na concessionária, neste caso haveria uma vantagem real de se pagar o mesmo preço de uma usada e uma 0km, caso contrário, nada justificaria a igualdade de valores, pelo mesmo veículo, principalmente para motocicletas com 2 anos de uso e 6.000km rodados, poderíamos dar asas a imaginação e supor que a V-ROD Muscle é um item de extrema necessidade a vida de muita gente e que sua produção fosse limitadíssima, havendo uma demanda de consumo muito alta, onde os poucos felizardos seriam “honrados” pela sua aquisição, haveria um assédio por milhares de consumidores, pela lei de oferta e procura, faria o valor de venda subir astronomicamente, neste caso o valor de uma usada seria muito maior que uma 0km,,,, venhamos e convenhamos, não é isso que ocorre.
Realmente não consigo entender o motivo do mercado de V-ROD Muscle apresentar essa anomalia, porém a minha contextualização pode estar equivocada, a minha linha de raciocínio lógico estar totalmente contrário a realidade de mercado, é exatamente essa motivação para eu postar esse comentário, alguém poderia explicar o que acontece, alguém dos Srs., pagaria de uma motocicleta com dois anos de uso e 6000km rodados o mesmo valor que uma 0km, tendo em vista que estamos falando de motos sem acessórios, tudo original, se alguém vê um bom motivo para isso, por gentileza compartilhe tais argumentos comigo.
Moura escreveu:Franciscatto

Posso estar escrevendo besteira, mas acho que esse valor da usada se deve pelo seguinte fato.

A dois anos atraz, quando o grupo Izzo tovama conta das HDS, elas eram vendidas por um preço muito mais alto do que hoje em dia. Por exemplo, uma Vrod Special chegava a custar 90mil e depois que a HD chegou oficialmente para o Brasil a mesma moto era vendida por "apenas" 49mil.

Então quem comprou uma Vrod na era Izzo e precisou vende-la, para não perder um rio de dinheiro tem que tentar vender ela pelo preço de uma Zero.

Imagino que essa queda brusca de preço seja o motivo desse fenomeno, lembro que uma vez isso aconteceu aqui mesmo no forum, um membro estava vendendo sua HD usado (não me recordo o modelo) pelo menos valor de uma zero e a justificativa dele era essa :wink:
Posso até estar enganado, mas escutei uma história que diz que as primeiras VRSC que foram para o Brasil foram apenas montadas aí. Moro aqui nos EUA e tenho uma 2009 Muscle. O ponto, que se for verdade, é que as importadas teriam uma qualidade de chassi muito melhor dos que as fabricadas já pela Harley do Brasil. Tentem procurar saber se isso procede e se for verdade pode estar aí a explicação da diferença de preço.
William Alvarenga
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Pessoal, faça reclamação para Yamaha pedindo para trazer Yamaha Star Bolt no Brasil.E eu já fiz minha parte.Quanto mais reclamações, melhor. Veja http://www.reclameaqui.com.br/7457506/y ... star-bolt/
will
cros
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09/07/2014 às 17h36
Governo inclui motocicletas entre itens financiáveis do Mais Alimentos

BRASÍLIA - Além de tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas, os agricultores familiares poderão financiar também a compra de motocicletas, motores de popa e ciclomotores pelo programa Mais Alimentos, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

A medida foi publicada nesta quarta-feira no “Diário Oficial da União” e começará a vigorar daqui a 30 dias, a partir de 8 de agosto. De acordo com o termo de cooperação técnica firmado entre o MDA e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o benefício será válido até 31 de dezembro de 2017.

O Mais Alimentos é operado pelo Banco do Brasil e concede crédito de até R$ 150 mil por agricultor familiar a taxas de 1% a 2% ao ano, com até três anos de carência e até dez anos para pagar.

Além de máquinas e equipamentos, o programa inclui linhas de crédito para armazenagem de produção, correção e recuperação de solos, melhoria genética, irrigação e implantação de pomares e estufas.

Por Cristiano Zaia | Valor
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BetoCB
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Ano eleitoral é uma beleza, é até capaz de criarem o bolsa prostituição um dinheirinho extra para ele ou ela pagarem profissionais do sexo
Isso é o brasil 7 x 1 :shock:
Quer saber se há vida após a morte? Mexa na minha moto.
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