Sportster 883 Custom: Diário do Russo

Motos: Harley-Davidson Sportster 883, Harley-Davidson Road King, etc.

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Mickimba
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Fernando Arquimedes escreveu:tenho uma 883 R, confesso que é paixão para toda a vida
Estou pensando em trocar minha Sombra em um futuro não tão distante... E to começando a me interessar muito pela 883...
"Errar é humano. Colocar a culpa em alguém é estratégico."
Russo
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Ae Kamerads:

Eu comprei a minha amada, idolatrada, salve, salve sportster 883 Custom em julho passado e somente tive a oportunidade de viajar, em setembro, para Pitanga. foi um passeio curto, só prá acostumar com a motoca.

Neste mês de janeiro, aproveitado que a D. Russa também estava de férias, saímos, sem pressa rumo ao sul de Minas Gerais. Vou dividir esse relato em três partes, a moto, o percurso e as minhas impressões sobre a máquina. Tirei poucas fotos com o celular, pois estava sem uma máquina fotográfica decente.


A moto:
Quando comprei a moto, ela já veio equipada com suspensões traseiras PS, escapes esportivos e Sissy-bar escamoteável. Comprei apenas um par de alforjes novo e uma bolha grande, estilo Chips.

Retirei o encosto do sissy-bar o no seu lugar, coloquei o baúleto com encosto, instalei os alforjes, o banco origina, uma antena corta-pipasl e a bolha grande (no dia a dia uso uma mini-bolha e um banco esportivo). Depois instalei um par de almofadas GelSeat, modelo novo, para que pudesse também testá-los.

A 883 na configuração dia-a-dia:
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A 883 com o banco original mais as almofadas GelSeat novas:
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A 883 vestida para viagem (foto tirada em Cambuquira-MG)
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O percurso:

Como não tinhamos pressa, optamos por sair sempre um pouco mais tarde, entre 8 e 10 h da manhã, o que se revelou uma boa estratégia, pois nesse horário a maioria dos caminhões já ia longe e o tráfego nas rodovias era geralmente bem mais tranquilo.

Partimos de Curitiba na segunda, 12/01/09, às 9 h, tocamos até Registro/SP e um pouco adiante pegamos a Serra de Juquiá. Nesse trecho, tentei acompanhar um casal que estava numa VStrom, mas o cara era mais bração que eu, eheheh... passei-o e fui embora, seguindo para Sorocaba, depois Itú e finalmente, Atibaia, lá pelas 16 h. A minha idéia era tocar direto até Pouso Alegre, mas a D.Russa começou a reclamar do cansaço de modo que arranjamos um hotel, tomamos banho, passeamos um pouco pela cidade, jantamos, fizemos séquiço e fomos dormir, eheheh...

Na terça, reabasteci a moto saímos lá pelas 9 h, pegamos a Fernão Dias e tocamos direto por Pouso Alegre e almoçamos e Santa Rita do Sapucai. Depois, tocamos para Pedralva e daí até São Lourenço. Acomodamos nossas coisas no Hotel Termo-não sei-o-que (meia boca, mas barato - R$ 65,00 a diária por casal, com café da manhã), e fomos direto para o Parque das Águas, "lavar a poeira da estrada". Um bom banho de imersão em águas quentes sulforosas, que tirando o cheiro de peid* desse tipo de água, nos fez muito bem... só achei caro (R$ 20,00 por pessoa. Nas Termas de SC, Gravaltal e etc, um banho desses custa entre R$ 3,00 e R$ 5,00).

No dia seguinte, deixamos o grosso das tralhas no hotel e fomos conhecer Caxambú, onde passamos o dia. Antes de sair a D.Russa reclamou um monte do capacete que estava usando, um M5. Por sorte, havia uma loja de motos quase em frente ao hotel e compramos um capacete novo por lá. O capacete velho foi doado ao primeiro moto boy que cruzou o nosso caminho.

Caxambú é um pouco menor que São Lourenço, e menos "organizada", mas é uma localidade bonita. Deixamos a moto na praça, aos cuidados de um flanelinha, que inclusive tratou com uma senhora de uma das lojinhas para guardar as jaquetas e capacetes, contratamos uma charrete e fomos conhecer a cidade e adjacências.

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Retornamos a São Lourenço no final da darde, mais um banho de imersão, mais um pouco de séquiço, jantamos e fomos dormir. No dia seguinte, saímos um pouco mais cedo e fomos para São Tomé das Letras. Até a chegada na cidade, tudo bem. Mas quando entramos na cidade, começou a bateção. As ruas são calçadas com enormes placas de pedra irregulares, com desníveis de até 10 cm. Resolvi deixar a moto na praça e os equipamentos numa loja e contratar um jipeiro para conhecer as cachoeiras das redondezas. Confesso que quase me arrependi de gastar R$ 70,00 nesse passeio, pois a estrada não era tão ruim assim e, desculpem-me os mineiros, mas para quem está acostumado com Corupá e Prudentópolis, as Cacheiras de São Tomé não chamam muito a atenção.

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Porém, na volta do passeio, desabou um aguaceiro sem tamanho. Santa Reduzida Batman! adrenalina pura, eheheh... retornamos à praça, emlameados, colocamos as roupas de chuva e tocamos 130 km abaixo de toró até São Lourenço... onde caímos na velha rotina: banho quente de imersão, jantar e séquiço, eheheh...

Aproveitamos a quinta e a sexta-feira para conhecer São Lourenço e redondezas, à bordo de outra possante charrete. Eu ainda queria mais séquiço mas a D.Russa me mandou às favas, eheheh...

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No sábado cedinho, lá pelas 10 h, partimos de São Lourenço, com destino a São Bento do Sapucaí, onde almoçamos num restaurante no alto de um morro (caro prá cacete), mas com uma vista esplêndida:

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Depois do almoço, tocamos para Campos do Jordão e esse foi o pedaço mais penoso da viagem, pois além da chuva, pegamos o "caminho mais curto". Uma serrinha prá lá de travada, lisa, úmida, havia até limo na pista em certos trechos, com muita sujeira (barro, folhas, galhos). Levamos quase 1 hora e meia nesse trajeto. Depois, foi a rotina de sempre (banho quente, jantar, passeio e nada de séquiço, eheheh).

Na segunda feira, 9 hs, iniciamos o regreço. Tocamos até Taubaté, onde pegamos a Carvalho pint*, depois já em São Paulo, pegamos a Marginal Tiete, depois a Marginal Pinheiros, daí a Régis Bittencourt e chegamos em casa antes das 19 h.

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O comportamento da motoka:

A 883 me surpreendeu, positivamente, em vários aspectos. Somados aos 265 kg da moto, havia o combustível (17 L), as bagagens (dois alforjes e um baú lotados), o peso do gel seat (us 6 kg), o meu peso, que não conta muito e o da D.Russa, que compensa o meu, eheheh... resultado, tudo devia passar dos 450 kg fácil. E a motoka nem "tchum", respondia ao acelerador como se estivesse vazia.

A velocidade de cruzeiro ficou entre 100 e 120 km/h nas estradas de mão dupla e entre 120 e 140 nas estradas de pista dupla, com direito a picos de quase 160 km/h nos retões (141 reais, pelo GPS). A moto tinha gás para ir além mas o meu CG (coeficiente de cagaço) não permitiu. O detalhe é que com a bolha grande a moto atingia legal os 140, sem balançar ou tremer, comigo sentadão, ereto, eheheh... outra coisa digna de nota é o torque: nada de perder embalo ou ter que reduzir marchas nas subidas.

A suspensão traseira PS mostrou a que veio. Foram raras as vezes que deu "fim-de-curso", no entanto pareceu-me mais dura que a da Savage, com a qual eu tinha feito, no ano passado, uma viagem de 1650 km com a D.Russa.

Quanto à ciclística, a moto é muito estável nas retas, mesmo em piso ruim e eu não senti nenhuma dificuldade nas curvas. Ela é um pouco mais pesada e prá colocá-la nas curvas mais fechadas tinha que usar o contra-esterço, puxar a moto com o joelho e forçar um pouco com o pé a pedaleira oposta. Mas uma vez no traçado da curva beleza, a moto não apresentava nenhuma tendência, permanecendo neutra (a Savage tinha a tendência de abrir a frente nas curvas).

Quanto ao consumo: no passeio à Pitanga, sozinho, a moto tinha feito 26 km/L. Nesse passeio agora, garupada e carregada, a motoka surpreendeu de novo. Foram consumidos exatos 90 litros de gasolina e percorridos exatos 2.053 km, resultando numa média de 22,8 km/L.

A vibração do V2 não chegou a incomodar. É uma vibração com menor frequência e maior amplitude que a vibração das Big Single, como a Savage e a XT 600. Só achei a embreagem muito dura, principalmente nas serrinhas, pois fora disso é colocar quinta marcha e esquecer da vida.

A posição das pedaleiras, que na 883C é mais avançada que nas outras 883 é bem cômoda, tanto para o piloto quanto para a garupa.

Em relação aos novos modelos de almofada GelSeat, eles foram aprovados. A grande vantagem que eu percebi não foi durante o tempo que estive sobre a moto, pois não tem jeito, chega uma hora que a bunda não aguenta, não há posição que resolva. O efeito da almofada de gel era nitidamente percebido nos momentos em que eu descia da moto. Em poucos segundos a dor e o desconforto passavam, não ficava aquela sensação de formigamento.

Uma única coisa que eu estranhei na motoka: não vazou nem uma gota de óleo nem baixou um mililitro sequer o nível do óleo. Também não perdi (que tenha visto) nenhum parafuso pelo caminho.
Será que a motoka está com algum defeito? eheheheh...

Soçarba!
" A smooth sea never made a skilled mariner "
Kings
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Bacana o passeio. Muito bom o relato sobre a motoka. É isso aí Russo, muitos Kms de alegria com a loirona (a moto rss)
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JonCwb
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Entrando agora na bagaceira... e sem ver a hora de pegar a minha para ter belas experiencias como esta.
Show de bola...
Sou de Ctba tb, forte abraco
Russo
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JonCwb escreveu:Entrando agora na bagaceira... e sem ver a hora de pegar a minha para ter belas experiencias como esta.
Show de bola...
Sou de Ctba tb, forte abraco
Ae Kamerad... pega logo essa 883.

A minha idéia era sair nesse feriado de 7 de setembro, mas a previsão é muita chuva.
A idéia era ir acampar em Pitanga, perto de Guarapuava, mas com esse tempo melhor deixar quieto, eheheheh...
" A smooth sea never made a skilled mariner "
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JonCwb
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Registrado em: 27 Ago 2009, 21:44
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Putz cara, nem me fale desse tempo, estive em Pitanga ontem, acabei de chegar em Ponta Grossa, estive em Arapongas hj. o tempo da froids mesmo, mas.... vou pra praia do mesmo jeito kkkkk
A moto que estou vendo acho que nao vai virar, nao sei o qq acontece com o povo da FINASA, ja mandei 2 fichas pros pescoços de la e nada de aprovarem, nao sei se derrepente essa desconfiança toda eh por eu estar trazendo ela de SP, vai saber, nao tem motivo para eles bloquearem, mas fazer o que, pelo jeito vou ter que ir atras de uma aqui por Ctba mesmo
mas com certeza vamos dar umas bandas, vao atrasar um pouco os planos, mas nao da nada :)
forte abraco
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JonCwb
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de novo rsss
aproveitando... o qq voce acha de uma HD-FXST 2001 o que esta valendo hj?
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williansmerces
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Sr. Russo sinta-se CULPADO... estava em dúvida na compra da minha nova motoca, Shadow 750 ou HD 883R ainda não conhecia a custom confesso que a Shadow estava ganhando pq como diz o Caruso a 883R é feia pra caralh*... mas a custom PQP... depois de saber das suas aventuras com ela fui ver uma pessoalmente no Pimenta... gamei na hora... e tenho duas opções uma Preta 2007(toda original) injetada por 23mil ou uma 2004(equipada com sreaming eagle e vários cromados) por 20,5 mil... dê sua opnição, já que vc que me deu a idéia :D :D :D

Abraço
bujha
Mensagens: 1
Registrado em: 22 Jan 2010, 21:27

Agradeço desde já a força do pessoal, acabo de realizar um sonho, peguei minha HD 883 custom ontem, passei o dia rodando com ela , e foi sensacional, venho namorando essa maquina a uns 3 anos, e mes que vem começo a equipar minha HD, alguem pode me passar umas dicas de por onde começar.
Abraços e um bom fim de semana a todos.....
icarosribeiro
Mensagens: 1
Registrado em: 16 Abr 2013, 08:48
Localização: Itabira

Bom, primeiramente, deixa eu me apresentar né! Sou novo aqui, mineirinho de Itabira, mas moro em BH. 21 anos de idade e apenas 3 anos de piloto!

Como também não sei onde postar isso, vai aqui mesmo:
acompanho de certa maneira alguns tópicos do fórum tem umas 2 semanas e agradeço a aceitação. Bom, vendi minha moto (Twister/04) e estou olhando shadow, drag e 883. Vi por aí que pelo preço de uma shadow 2002 e mais uns 3 mil eu consigo pegar uma 883 custom. O problema é o dilema que estou para fazer as manutenções na harley (vi que a carburada dá pra fazer muita coisa em casa) e não vou ter a grana para pagar seguro da motocicleta. Quase fechei uma shadow mas estou esperando para fazer um bom negócio.

Alguém aí se habilita a me esclarecer tudo isso?

Valeu!

Abraço
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